Problemas de audição! Quais são os sintomas? Tem cura?

Em Saúde por André M. Coelho

A perda auditiva pode ser causada por muitas causas diferentes, algumas das quais podem ser tratadas com sucesso através de medicamentos ou cirurgia, dependendo do processo da doença. Um fonoaudiólogo, em conjunto a um otorrinolaringologista, são os profissionais que você deve procurar para diagnosticar o problema e saber como seguir com o tratamento adequado.

Tipos de problemas de audição

São basicamente 3 tipos de perdas auditivas:

Perda auditiva condutiva: quando a perda auditiva é devido a problemas com o canal auditivo, ou o ouvido médio/externo e seus pequenos ossos.

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Perda auditiva neurossensorial: quando a perda auditiva é devida a problemas do ouvido interno, também conhecida como perda auditiva relacionada ao nervo.

Perda de audição mista: refere-se a uma combinação da perda auditiva condutiva e da neurossensorial. Isto significa que pode haver danos no ouvido externo ou médio e no ouvido interno (cóclea) ou nervo auditivo.

Causas da perda auditiva condutiva

Malformação do ouvido externo, do canal auditivo ou estruturas da orelha média, fluidos no ouvido médio devido a resfriados e outras doenças, infecção do ouvido (otite média – uma infecção da orelha média em que um acúmulo de líquido pode interferir com o movimento do tímpano e dos pequenos ossos), alergias, funcionamento prejudicado da trompa de Eustáquio, tímpano perfurado (que pode ser causado por sons muito altos, como no trabalho), tumores benignos, cera de ouvido impactada, infecção no canal auditivo, corpos estranhos no ouvido, otosclerose.

Cuidados para prevenir e tratar a perda auditiva

A perda auditiva pode ter tratamento quando o indivíduo cuidar para evitar que o problema se agrave e o médico for consultado para recomendar o melhor curso para tratar do problema. (Foto: Gulf Coast Audiology)

Perda auditiva tem cura? Tratamentos para a perda auditiva condutiva

A perda auditiva condutiva inclui a ausência congênita de canal auditivo ou falha do canal auditivo a ser aberto no nascimento. A malformação, problemas congênitos, ou disfunção das estruturas da orelha média, podem ser corrigidos cirurgicamente. Se estes não forem passíveis de correção cirúrgica bem sucedida, então a audição pode ser melhorada alternativamente com a amplificação pelo uso de um aparelho auditivo de condução óssea ou um dispositivo osseointegrado implantado cirurgicamente, ou um aparelho auditivo convencional dependendo do estado do nervo auditivo.

Outras causas de perda auditiva condutiva, como infecções, tumores, fluido da orelha média por infecção ou disfunção do tubo de Eustáquio, corpos estranhos e trauma (como em uma fratura do crânio), tem procedimentos de tratamento diferentes. As infecções agudas são geralmente tratadas com medicamentos antibióticos ou antifúngicos. Infecções crônicas do ouvido e tumores geralmente requerem cirurgia. Se não houver resposta à terapia médica inicial, o fluido infeccioso do ouvido médio é geralmente tratado com antibióticos, enquanto o fluido não infeccioso do ouvido médio é normalmente tratado com cirurgia (ou tubos de equalização da pressão).

A perda auditiva condutiva devido a traumatismo craniano é freqüentemente passível de reparo cirúrgico das estruturas da orelha média danificadas, realizada após o estado médico geral do paciente se estabilizar após uma lesão traumática.

Uma forma genética de perda auditiva condutiva é a otosclerose, em que há fixação óssea do estribo, um dos ossos que “traduz” o som para nossos ouvidos. Nessas condições, o som não pode chegar ao ouvido médio, com perda auditiva apresentada no início da idade adulta. O problema pode ser gerenciado com sucesso com a cirurgia para substituir o estribo imóvel com uma prótese de estribo móvel ou com um aparelho auditivo. Menos freqüentemente, a otosclerose pode causar uma perda auditiva neurossensorial, com células sensoriais danificadas e/ou fibras nervosas da orelha interna), bem como uma perda auditiva condutiva, e o tratamento deve ser seguido para uma perda auditiva mista.

Causas da perda auditiva neurossensorial

Exposição a ruídos altos, trauma na cabeça, vírus ou doença, doença autoimune da orelha interna, perda auditiva que ocorre na família, envelhecimento (presbiacusia), malformação do ouvido interno, doença de Meniere, otoesclerose, tumores.

Tratamento da perda auditiva neurossensorial (inclui a perda auditiva no trabalho)

Pode resultar de trauma acústico (ou exposição a ruído excessivamente alto), o que pode responder à terapia médica com corticosteroides para reduzir o inchaço e inflamação das células ciliadas da cóclea e melhorar a cicatrização dessas estruturas da orelha interna que foram lesadas.

Pode ocorrer por traumatismo craniano ou alterações abruptas na pressão do ar, como na descida de um avião, o que pode causar ruptura ou vazamento do compartimento do fluido da orelha interna, sendo tóxico para a orelha interna. Há um certo grau de sucesso com cirurgias de emergência quando isso acontece.

A perda auditiva neurossensorial súbita, presumivelmente de origem viral, é uma emergência otológica que é geralmente tratada com corticosteroides.

A perda auditiva bilateral progressiva ao longo de vários meses, também diagnosticada como doença autoimune da orelha interna, é administrada geralmente com corticosteroides a longo prazo e às vezes com terapia medicamentosa. A doença autoimune da orelha interna ocorre quando o sistema imunológico do corpo redireciona suas defesas contra as estruturas da orelha interna para causar dano nesta parte do corpo.

Já a perda auditiva neurossensorial flutuante pode ser de causa desconhecida ou associada a doença de Meniere. Os sintomas da doença de Meniere são a perda auditiva, zumbido e vertigem. A doença de Meniere pode ser tratada com uma dieta baixa em sódio, diuréticos e corticosteroides. Se a vertigem não for controlada, então vários procedimentos cirúrgicos podem ser usados para eliminar o problema.

Quando causada por tumores do nervo do equilíbrio adjacente ao nervo auditivo, geralmente não é revertida com remoção cirúrgica ou irradiação desses tumores benignos. Se a perda auditiva é leve e os tumores são muito pequenos, a audição pode ser poupada em uma boa parcela por aqueles que se submetem à retirada dos tumores.

No caso de doença no sistema nervoso, a perda auditiva pode responder ao tratamento médico da doença específica que afeta o sistema nervoso. Por exemplo, a perda auditiva secundária causada esclerose múltipla pode ser revertida com o tratamento para a esclerose múltipla.

Quando irreversível, a forma mais comum de perda auditiva, pode ser administrada com aparelhos auditivos. Quando os aparelhos auditivos não são suficientes, este tipo de perda auditiva pode ser tratado cirurgicamente com implantes cocleares.

Tratamentos para a perda de audição mista

É recomendado pelos médicos e fonoaudiólogos cuidar primeiro do componente condutor. Tem havido momentos em que a adição do componente condutor tornou a pessoa um candidato melhor à prótese auditiva, enquanto o componente neurossensorial subjacente apresentou uma perda de alta freqüência. No entanto, ainda a ênfase seria sobre o tratamento médico que pode ser tratado. Ele diz que, em geral, podem ser esperados resultados positivos.

Prevenção ainda é o melhor remédio

Boa parte dos problemas auditivos não tem cura, principalmente os causados pela idade ou por fatores ambientais. A melhor forma de tratamento ainda é a prevenção: uso de EPI no trabalho, evitar usar cotonetes dentro dos ouvidos, não se expor a som muito alto por muito tempo, dentre outros fatores essenciais na prevenção. Cuide do estresse, pois este também pode influenciar bastante na perda auditiva. Com cuidado, evita-se que o problema se agrave e possa prejudicar ainda mais sua saúde. Consulte sem médico ao menor sinal de problemas.

Você tem ou já teve problemas auditivos? Como tratou? O que fez para amenizar ou contornar o problema?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.

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