Correr com dor de garganta faz mal?

Em Atividade física por Bruno Almeida

Dor garganta é algo muito incomodo e que pode te privar de muitas coisas, no artigo de hoje vamos falar sobre o exercício físico com dores de garganta, correr com dor de garganta é ruim? Correr com dor de garganta faz mal?

Ao pesquisar sobre o assunto, encontramos um relato de um corredor que fazia um percurso de aproximadamente 25 km com naturalidade em um ritmo confortável. O mesmo afirmou ter acordado com dores na garganta e decidiu ficar na cama ao invés de treinar.

Este caso apresentado acontece frequentemente e é uma dúvida comum entre os praticantes de corrida, treinar ou não treinar quando adoecido? Existem casos distintos e para cada caso a indicação é diferente.

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Na verdade a decisão deve partir do próprio praticante após o mesmo realizar uma auto-analise das suas reais condições. O que indicamos desde já é que nestes casos o corredor faça apenas exercícios leves a moderados, uma vez que os exercícios de alta intensidade poderão abrir ainda mais portas para agravar os problemas já existentes.

Para completar, Thomas Weidner que é diretor do Laboratório em Pesquisa e Educação sobre Treinamentos Atléticos da Ball State University nos EUA ainda afirma que o corredor jamais deve treinar com febre.

Opinião semelhante também é compartilhar pelo médico do esporte José Kawazoe Lazzoli. A atividade física deve ser cessada em casos de qualquer infecção, principalmente quando o indivíduo apresenta febre.

Correr com dor de garganta é ruim?

Treinar ou não treinar com dor de garganta?

Porque não correr com febre?

O principal motivo é a possibilidade de desenvolver uma miocardite que é uma infecção no músculo cardíaco. Como nem todos os corredores têm um acompanhamento profissional e fisiológico capacitado, a dica é que você evite correr quando sentir-se sem energia.

Os especialistas alertam sobre os riscos de treinos seguidos de uma alimentação incorreta e ainda um período de descanso inadequado. Estes fatores combinados praticamente desligam o sistema imunológico do seu organismo abrindo porta para infecções e diversos outros problemas graves de saúde.

A melhor atitude é descansar e medicar se assim for o caso, o repouso garante uma recuperação mais rápida e mesmo que haja um pouco de perda de condicionamento físico no retorno aos treinos, o risco de agravar a sua saúde é praticamente nulo.

Se mesmo assim você optar pelo treino leve e moderado, tome bastante cuidado com o falso bem estar, mas o que é isso? Um dos benefícios da atividade física é dar aquela sensação de prazer e bem estar, mesmo estando doente esta sensação vai aparecer e neste momento você pode se empolgar e abusar da intensidade do treino.

Outro cuidado importante que você deve ter é quanto à vestimenta, no momento em que você pratica a atividade física, a temperatura corporal é aumentada e você talvez não sinta o clima frio, mas assim que cessar a atividade, isso poderá contribuir com o agravamento da infecção de garganta.

Nossa dica é determinar um percurso onde você termine de correr bem próximo a sua casa, podendo rapidamente tomar um banho e se agasalhar. Caso isso não seja possível, a indicação é manter-se bem agasalhado neste período pós treino até chegar a casa.

Cautela e coerência

É importante saber planejar e manter o foco do seu objetivo. Podemos dividir os corredores em dois grupos, os competidores e os praticantes, estes grupos têm objetivos distintos e no caso apresentado neste artigo podem agir de maneiras diferentes.

Como já citamos, os atletas têm todo o apoio médico e fisiológico necessário para decidir se ele esta apto a treinar e qual deverá ser a sua carga de treino, mas para quem não é atleta, a diva é sempre optar pela promoção e manutenção da saúde.

Portanto, espere a infecção ser curada e retorne em segurança à rotina de exercícios. Em nosso site prezamos sempre pela realização de atividades físicas em condições saudáveis e em alguns casos, deixar de praticar é saudável e este é um destes momentos.

Aquele velho ditado se encaixa perfeitamente neste caso, prevenir é sempre melhor que remediar, mas não estamos aqui para ditar regras, estamos para passar informações. Sendo assim, observe suas condições e tome a melhor decisão. Boa recuperação e bons treinos!

Sobre o autor

Autor Bruno Almeida

Bruno Almeida é formado em Educação Física pela UFV - Universidade Federal de Viçosa. Foi aluno destaque do instituto e agora compartilha seus conhecimentos no site Saúde Melhor!

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