Remédio genérico x Remédio de marca! 17 dúvidas respondidas!
Neste artigo, nós vamos direto ao assunto e responder as perguntas mais comuns sobre remédios genéricos e remédios de marca, suas diferenças, vantagens e até desvantagens, se existirem
O que são medicamentos genéricos?
Um medicamento genérico é uma droga definida como um medicamento que é comparável ao medicamento de marca/referência na forma de dosagem, a força de ação, via de administração, características de qualidade, desempenho e uso pretendido. Também tem sido definido como um termo que se refere a qualquer medicamento comercializado sob o seu nome químico.
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Embora possa não ser associado a uma empresa particular, os medicamentos genéricos são sujeitos aos regulamentos dos governos dos países em que são dispensados. Os medicamentos genéricos são identificados com o nome do fabricante e o nome adotado (nome não proprietário) da droga.
O que são medicamentos similares?
São medicamentos que tem o mesmo fármaco, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência (ou marca), mas não têm sua bioequivalência com o medicamento de referência comprovada. Basicamente, é o mesmo medicamento que o de referência mas os testes utilizados provavelmente não obtiveram resultados equivalentes aos do medicamento “original”. Mesmo assim, isso não é algo que lhes tira sua capacidade de tratamento.
O que são medicamentos de referência?
São medicamentos “lançamentos” das companhias farmacêuticas, que tem sua eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente e pelos órgãos de fiscalização do país onde eles são comercializados (no Brasil, este órgão é a ANVISA). Sua marca comercial é bem conhecida e, no momento de seu lançamento, tem a patente de sua fórmula protegida por lei.
Como identificar os três tipos de medicamentos existentes no mercado brasileiro: os genéricos, os similares e os de marca?
Bem simples: na embalagem dos genéricos, há a frase “Medicamento genérico – Lei 9.787/99” e uma grande letra “G” azul impressa sobre uma tarja amarela, situada na parte inferior das embalagens do produto. Já os similares e os medicamentos “de marca” não contém estas referências, sendo que o usuário deve buscar a referência ao tipo de medicamento através do nome e indicação de seu médico.
O medicamento genérico tem o mesmo efeito do medicamento de marca?
Ao contrário dos remédios similares, que não tem eficiência igual comprovada aos medicamentos de referência, o medicamento genérico só é aprovado quando sua efetividade pode ser considerada igual ou equivalente ao produto de referência.
Quem faz os testes que possibilitam que um produto receba o registro de genérico?
Os responsáveis por tais testes são os órgãos fiscalizadores do Governo onde a empresa responsável pelo medicamento planeja sua comercialização. No caso do Brasil, estamos falando da ANVISA, o órgão responsável pelos teste necessários para comprovar a eficácia e segurança dos medicamentos genéricos.
Quando um remédio passa a ter uma versão genérica no mercado?
Assim que a patente de um remédio referência acaba, o mercado já pode começar a produzir uma versão genérica do mesmo. No Brasil, o prazo de uma patente dura 20 anos e pode ser quebrada antes em casos especiais e únicos, de interesse nacional, como foi o caso de alguns medicamentos do coquetel do HIV. Após esse prazo, leva em média 2 anos de testes e pesquisas para que o medicamento genérico fique disponível no mercado.
O que é princípio ativo?
Também denominado como fármaco, é a substância existente na formulação do medicamento que tem a responsabilidade pelo efeito principal do mesmo. A exemplo, se você toma um medicamento para dores de cabeça com o fármaco/princípio XXXX, este é o principal responsável pela melhora da sua dor de cabeça.
Como devem atuar os médicos, no momento da prescrição da receita?
No SUS e qualquer serviço público e saúde, o médico é obrigado a dar a prescrição com a denominação genérica. Em consultórios, clínicas e hospitais particulares, recomenda-se ao paciente solicitar ao médico a escrita do nome do medicamento genérico no momento em que o profissional está fazendo a receita.
O médico pode proibir a troca do remédio de marca pelo medicamento genérico?
É raro que isso aconteça, mas o médico pode fazer a restrição da troca do medicamento de marca pelo genérico, desde que a orientação esteja escrita de próprio punho, de forma clara e legível.
Se na farmácia não tiver o medicamento genérico, como o usuário deve proceder?
O paciente tem a opção de procurar o medicamento em outra farmácia ou solicitar ao farmacêutico pela opção de marca do remédio. Nossa recomendação é que o usuário compare os preços antes de decidir pelo remédio de marca e se for muito mais caro, optar por ir até outra farmácia para fazer a compra.
Qual a vantagem de comprar o medicamento genérico?
A maior e melhor vantagem da compra do medicamento genérico é financeira, já que o custo destes medicamentos é bem reduzido em relação aos medicamentos de referência.
Por que a compra do medicamento pelo princípio ativo fará baixar o preço do medicamento?
Esta é uma das zonas de maior tensão da indústria farmacêutica mundial. Se por um lado os medicamentos ficam mais baratos pela fórmula já existir e ser comprovadamente eficiente, por outro lado os custos mais baixos são consequências direta do não investimento das fabricantes dos genéricos em pesquisas para novos medicamentos e no marketing de seus produtos. Assim, de certa forma, há um certo risco sobre a descoberta de novos medicamentos bons para a população.
Por outro lado, como há o respeito às patentes dos medicamentos (salvo casos especiais, como foi com os medicamentos do coquetel anti HIV), as indústrias farmacêuticas tem tempo de sobra para recuperar os investimentos em pesquisa durante o tempo em que seus medicamentos estão “sozinhos” no mercado. Vale também ressaltar que os medicamentos genéricos não tiram os de marca (referência) do mercado, apenas concorrem lado a lado.
É preciso receita médica para comprar um medicamento genérico?
Sim. Qualquer medicamento, até mesmo os de venda livre (que não precisam de receita), devem ser comprados apenas após uma consulta médica. A auto medicação, além de ser um grande risco de saúde, pode ser o sintoma de um problema maior ou um estilo de vida que está prejudicando seu estado atual. O médico será o profissional responsável pelo correto diagnóstico e tratamento para você.
Por que muitos continuam usando os remédios de marca?
Há vários fatores que influenciam este fenômeno: temos o papel importante do marketing. A indústria farmacêutica e sua forte marca convencem o paciente de que seu medicamento é melhor, mesmo que o genérico tenha sua validade igualada a do medicamento de marca. Há também a resistência do indivíduo ao medicamento “novo”, já que o de marca já funcionou antes e o “novo” pode não funcionar. Geralmente, o fator mais importante é a falta de informação do paciente, que geralmente não tem conhecimento sobre os medicamentos genéricos e suas diferenças/similaridades com os medicamentos de marca. De certa forma, podemos também admitir que há uma cultura do brasileiro em pensar que “barato” significa de “pior qualidade”, visto que o termo “genérico” é também utilizado para produtos baratos, como eletrônicos vindos da China sem marca.
O efeito é o mesmo que o do medicamento-referência?
Colocamos esta pergunta só para reforçar: SIM, o efeito é o mesmo. Qualquer pessoa que disser o contrário estará tentando te convencer de uma mentira.
Há outra opção além dos medicamentos genéricos e/ou similares para poupar dinheiro?
O que poucos sabem é que além da opção de buscar medicamentos similares e/ou genéricos para poupar dinheiro, o paciente também pode optar pela manipulação do medicamento. Basta ir a uma farmácia de manipulação e verificar se seu medicamento pode ser manipulado. Tive a recente oportunidade de testar isso para um remédio que custava mais de R$50,00 na farmácia normal. Manipulado, ele custo apenas R$20,00, e em maior quantidade, com os mesmos efeitos.
Esperamos ter respondido todas as dúvidas que nossos leitores tinham sobre medicamentos genéricos e de marca. Mas se ficou alguma pergunta, não deixe de perguntar no espaço para comentários abaixo!
Sobre o autor
André fez parte de uma das primeiras equipes de Parkour no Brasil. Desde então, atuou junto de educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde para aperfeiçoar seus conhecimentos. Desde 2012, escreve dicas de saúde e exercícios físicos que aprendeu e continua aprendendo. Em 2019 tornou-se instrutor de Muay Thai e Kickboxing, compartilhando com seus alunos para ensinar tudo que aprendeu.
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